Publicações

[em] Revista

8ª edição / Por que tantas crianças sem lar?

O trabalho de produção deste oitavo número de [em] Revista correu em paralelo ao da organização do seminário Além da Adoção. Promovido pelo nosso escritório, em parceria com o Doutorado em Ciências Sociais e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Unicamp, o seminário ampliará e aprofundará as discussões iniciadas nestas páginas, acrescentando à visão jurídica, norteadora desta revista, abordagens sociológicas, antropológicas, psicológicas, psicanalíticas. Depoimentos, avaliações e demandas de autoridades públicas e gestores engajados na defesa de crianças e adolescentes em situação de risco – presentes no artigo da assistente social Isabel Campos de Arruda e na entrevista do desembargador Antonio Carlos Malheiros, que compõem esta edição – serão também expostas e discutidas durante o seminário, na segunda-feira 29 de agosto.

Do conjunto de análises desta edição, depreende-se que, mesmo havendo pontos da legislação passíveis de aprimoramento, de maneira geral as leis brasileiras são, nesse campo, bastante avançadas e condizentes com os mais altos padrões internacionais de respeito aos direitos humanos e às necessidades especiais de crianças e adolescentes.

A prioridade atribuída pela Constituição às crianças e aos adolescentes ainda está, entretanto, muito longe de se tornar uma realidade. Trata-se de um problema vital, cujas dimensões mais dramáticas ficam evidentes quando constatamos a situação de muitos dos jovens desprovidos de um amparo familiar minimamente satisfatório, que dependem diretamente do Estado ou de
acolhimento oferecido por outras pessoas e famílias para serem dignamente protegidos e cuidados.

Como apontam os textos aqui reunidos, as soluções para essa grande defasagem entre a lei e a realidade social implicam, necessariamente, um maior esforço político e administrativo, e também a promoção de valores mais generosos e igualitários no seio da sociedade. Mas essa ampla atribuição de responsabilidades não pode resultar em letargia nem justificar velhas evasivas e
transferências recíprocas de culpa por parte do poder público, da sociedade civil e dos cidadãos.

Adoção em pauta, e na agenda
Mais do que possível, a construção e o cumprimento de uma agenda objetiva que dê conta dos principais desafios nessa área é tarefa urgente, e deve começar pelo debate e o esclarecimento dos problemas. É essa a meta que motiva esta publicação, bem como a realização do seminário.

Aproveito, caro leitor, para convidá-lo a saber mais sobre o seminário Além da Adoção, clicando aqui. Convido-o também a garantir o seu lugar no evento, bastando para isso o preenchimento de uma pequena ficha de inscrição, acessível pelo mesmo link.

Informe-se, nas páginas seguintes, sobre os principais obstáculos que separam milhares de crianças, adolescentes e famílias de uma vida mais feliz e um futuro promissor. Entraves que, se superados, abrirão também novos e melhores horizontes para toda a sociedade brasileira.

Leia a edição completa aqui.

Boa leitura.